Resumo
Introdução
O tratamento periodontal envolve procedimentos que visam reduzir a carga bacteriana, envolvendo ou não o uso de antibióticos locais ou sistêmicos.
Objetivo
O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas brasileiros sobre a prescrição de antibióticos durante o tratamento periodontal.
Material e método
Foi disponibilizado um questionário online solicitando aplicação sistêmica de prescrição de antibióticos locais ou sistêmicos (frequência e sequência com tratamento periodontal mecânico) e em relação a diferentes doenças periodontais. A utilização de serviços de diagnóstico microbiano e dados demográficos dos voluntários também foram elucidados. Os dados foram analisados estatisticamente (Teste Binomial, p<0,05).
Resultado
Trezentos e noventa e três voluntários responderam ao questionário. Vinte e três por cento do sexo masculino e 76,2% do sexo feminino. A idade média foi de 27,7 anos. A minoria (19,2%) dos voluntários relatou indicar antibióticos sistêmicos para tratamento de gengivite ou periodontite estágios I e II (antiga periodontite crônica leve e moderada). A maioria dos profissionais indica para tratar abscesso periodontal, gengivite ou periodontite ulcerativa necrosante, periodontite em imunodeficiências graves, periodontite agressiva antiga e periodontite estágios III e IV (periodontite crônica grave antiga). Raramente (2,5%) a prescrição foi sem a associação com terapia mecânica. Os exames microbiológicos como método auxiliar de diagnóstico raramente (3,1%) são solicitados por falta de informação ou custo. As respostas mais frequentes sobre o número de vezes que os profissionais relataram prescrever antibióticos sistêmicos como parte do tratamento periodontal por trimestre foram “pelo menos uma vez”, seguido de “2 vezes”.
Conclusão
Pode-se concluir que os cirurgiões-dentistas brasileiros possuem conhecimento sobre a correta prescrição de antibióticos na terapia periodontal.
Descritores:
Odontologia; periodontia; antibióticos; questionário