Resumo
Introdução
A fixação de pinos de fibra de vidro é realizada através de um processo adesivo. Falhas podem ocorrer na adesão devido à degradação hidrolítica dos adesivos, ou pela degradação das fibras colágenas da camada híbrida por enzimas intrínsecas.
Objetivo
Avaliar o efeito do tratamento com clorexidina e hipoclorito de sódio sobre a resistência de união adesiva à dentina.
Material e método
Trinta raízes bovinas foram distribuídas aleatoriamente em 3 grupos (n=10): a) Controle, b) Clorexidina 2% e c) Hipoclorito de Sódio 5%. Após, para a cimentação do pino radicular, utilizou-se o cimento resinoso RelyX® ARC. Cada espécime resultou corpos-de-prova dos três terços radiculares, os quais foram submetidos ao teste de pushout (MPa) nos períodos de 24 horas e 12 meses. Valores de resistência de união foram analisados pelos testes de Kolmogorov-Smirnov, ANOVA (three-way) e de Tukey. Analisou-se ainda o modo de fratura do pino, através de estereomicroscopia.
Resultado
Não houve diferenças significativas entre tratamento no tempo imediato (p=0,0644) ou na interação dos fatores (p=0,1935). Após um ano, os grupos experimentais não promoveram diferença significante na resistência de união em relação ao controle, com exceção do terço cervical do grupo clorexidina, onde houve uma perda significativa de adesão. Quanto ao modo de fratura, houve predominância do tipo mista em todos os grupos e terços.
Conclusão
O uso de clorexidina ou hipoclorito não promove benefícios ou prejuízos na resistência de união adesiva de pinos de fibra, mas há influência dos terços radiculares, sendo a pior resistência de união no terço apical.
Descritores:
Cimentação; pinos dentários; cimentos de resina; clorexidina; hipoclorito de sódio