Resumo
Introdução
A abertura coronária é fundamental durante o tratamento endodôntico para um acesso direto aos canais radiculares. Em geral, em dentes anteriores, o acesso endodôntico é realizado na face palatina/lingual, mais especificamente em região de cíngulo. Entretanto, a falta de observação do posicionamento dentário pode levar a alguns acidentes e complicações, como as perfurações por vestibular, ocasionando dano estético e comprometendo o tratamento.
Objetivo
Avaliar a aplicabilidade de uma nova abordagem de realização da abertura coronária em dentes anteriores, quanto ao desgaste ocasionado na coroa dentária, e avaliar a facilidade de execução da nova técnica para minimizar os riscos de perfurações.
Material e método
Dez alunos (n=10) do curso de Aperfeiçoamento em Endodontia participaram do estudo. Foram utilizados vinte dentes artificiais, sendo eles incisivos centrais superiores. Cada participante realizou duas aberturas coronárias. Primeiramente sem nenhuma orientação (Grupo A - Técnica Convencional) e após, uma nova abertura, porém com orientação, com a ponta diamantada esférica posicionada paralelamente ao longo eixo do dente (Grupo B - Técnica Modificada).
Resultado
Os resultados demonstraram que 90% dos participantes consideraram a Técnica Modificada como a de menor risco de acidentes e, ainda, de mais fácil localização da câmara pulpar. Houve diferença estatística tanto para a medida da área total de desgaste quanto para a largura, enquanto na altura não houve diferença estatística.
Conclusão
Os dados preliminares coletados pelo questionário se mostraram satisfatórios para a Técnica Modificada. Estatisticamente, apresentou diferença favorável em relação à área de desgaste e largura, já em altura não houve diferença estatística.
Descritores:
Abertura coronária; acesso conservador; endodontia