Resumo
Introdução
A estabilidade de cor dos cimentos resinosos, sejam eles de presa dual ou fotopolimerizáveis, assim como a cor do substrato dental, são fundamentais para o sucesso estético das restaurações cerâmicas uma vez que a cerâmica apresenta alto nível de translucidez devido a sua pequena espessura.
Objetivo
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a cor de um cimento resinoso fotopolimerizado por diferentes fontes de luz e imersos em bebidas potencialmente corantes.
Material e método
Foram confeccionados 42 espécimes do cimento resinoso Variolink-Esthetic (2×6mm) (n=7), sendo metade fotopolimerizado com luz LED (F1) e metade com luz Halógena (F2). Os espécimes foram mantidos em saliva artificial à 37 °C±1 °C. Após 24 horas, foram polidos com discos abrasivos e subdivididos para serem imersos 2 minutos por dia, durante 28 dias, nas diferentes soluções: S1 – Coca-Cola; S2 – Vinho Tinto; e S3 – Água destilada (controle). Foram realizadas 5 leituras de cor: T0 – inicial; T1 – 7 dias; T2 – 14 dias; T3 – 21 dias; e T4 – 28 dias; com auxílio de um espectrofotômetro (modelo SP62S). Os dados de alteração de cor (ΔE*) foram submetidos a análise estatística, ANOVA e Tukey (p≤0,05).
Resultado
Analisando o fator solução, S2 (5,89 (±0,02)), proporcionou maior ΔE* que S1 (3,79 (±0,02)) e este (S1), maior que S3 (1,41 (±0,02)). Analisando o fator fonte de luz, F2 (4,05 (±0,12)), proporcionou maior ΔE* que F1 (3,33 (±0,12)). E analisando o fator tempo, obteve-se que ΔE* foi gradativamente aumentando no decorrer do tempo: T1(2,36 (±0,08)); T2(3,27 (±0,08)); T3(4,06 (±0,08)); e T4(5,09 (±0,08)).
Conclusão
Conclui-se que o vinho tinto promoveu maior alteração de cor; a luz Halógena promoveu maior pigmentação e; quanto maior o tempo de imersão, maior alteração de cor do material.
Descritores:
Cor; cimentos dentários; bebidas