Resumo
Introdução
A força extrabucal é a estratégia mais comum para corrigir a má oclusão de Classe II de Angle, restringindo e redirecionando o crescimento maxilar.
Objetivo
Avaliar as alterações esqueléticas decorrentes do uso do aparelho extrabucal, com ancoragens cervical e parietal, associado ao aparelho ortodôntico fixo, em pacientes em crescimento com má oclusão de Classe II (Angle) tratados na clínica de um centro de treinamento ortodôntico.
Material e método
As idades ao início e ao término do tratamento, o tipo de ancoragem, e os valores de algumas variáveis cefalométricas foram obtidos dos arquivos clínicos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 56 prontuários. Em seguida, a amostra foi dividida em dois grupos, de acordo com a ancoragem: cervical (n= 30) e parietal (n=26). As diferenças entre os valores inicial (T1) e final (T2) das variáveis cefalométricas SNA, SNB, ANB, AO-BO, GoGn.SN e AFI (porcentagem da altura facial inferior em relação à altura facial total) foram avaliadas em ambos os grupos.
Resultado
Diferenças significativas entre T1 e T2 foram encontradas em relação às variáveis SNB e ANB em ambos os grupos. A variável AO-BO apresentou diferença estatisticamente significante apenas no grupo cervical. As demais variáveis não apresentaram diferenças significantes entre T1 e T2.
Conclusão
As alterações esqueléticas decorrentes do uso das ancoragens cervical e parietal foram muito semelhantes. Houve diminuição da discrepância anteroposterior entre a maxila e a mandíbula devido ao deslocamento anterior da mandíbula, sem alterações verticais significativas.
Descritores:
Aparelhos de tração extrabucal; má oclusão de Angle Classe II; ortodontia