Resumo
Introdução
A utilização de substitutos ósseos em procedimentos de enxertia de forma alternativa ao uso do osso autógeno tem sido indicada, entretanto a comparação direta entre esses biomateriais tem sido pouco explorada.
Objetivo
Avaliar o efeito de diferentes biomateriais osteocondutores sobre o reparo de defeitos críticos em calvárias (DCC) de ratos.
Material e método
Foram utilizados 40 ratos que foram submetidos a confecção de um DCC com 8 mm de diâmetro. Os animais foram aleatoriamente divididos em 5 grupos com 8 animais, de acordo com o tipo de biomaterial utilizado para preencher os DCC: Grupo COA (coágulo); Grupo AUT (osso autógeno); Grupo OBD (osso bovino desproteinizado); Grupo HA/ TCP (cerâmica bifásica composta de hidroxiapatita e β fosfato tricálcio); Grupo TCP (β fosfato tricálcio). Foram executadas análise microtomográfica para avaliação do comprimento linear remanescente (DLL) do DCC e o volume dos tecidos mineralizados (MT) dentro do DCC nos períodos de 3, 7, 15 e 30 dias após cirurgia. Adicionalmente, foi executado análise histométrica para avaliar a composição do tecido ósseo reparado (% Osso e % Biomaterial) no período de 30 dias.
Resultado
O grupo COA apresentou o menor DLL e MT dentro do DCC e maior % osso do que os outros grupos. O grupo OBD apresentou maior volume de tecidos mineralizados e maior % biomaterial do que o grupo os grupos AUT e TCP. Os grupos OBD e AUT apresentaram maior % osso que o grupo TCP.
Conclusão
O OBD promoveu melhor padrão de aumento de disponibilidade óssea e qualidade do osso reparado em comparação ao TCP e HA/TCP, porém biologicamente inferior ao grupo AUT.
Descritores:
Histologia; microtomografia; regeneração óssea; substitutos ósseos