INTRODUÇÃO:
Em indivíduos com paralisia cerebral, ocorre redução do fluxo salivar, o que pode predispor à hipomineralização do esmalte e à cárie dentária.
OBJETIVO:
Comparar a microdureza do esmalte de dentes decíduos anteriores e posteriores de crianças com paralisia cerebral (PC) e crianças normorreativas (NR).
MATERIAL E MÉTODO:
Foram utilizados 58 dentes decíduos esfoliados/extraídos, que foram distribuídos em quatro grupos: (A) anteriores de PC (n=14); (B) anteriores de NR (n=16); (C) posteriores de PC (n=14), e (D) posteriores de NR (n=14). Os dentes foram seccionados, incluídos em resina acrílica, lixados e polidos. A análise da microdureza longitudinal foi realizada em microdurômetro com endentador do tipo Knoop, com carga estática de 25 g/f e tempo de 5 segundos. Foram realizadas três fileiras de 12 endentações, distanciadas entre si em 100 mm, com profundidade entre 10 e 180 mm. Foram obtidas as médias de cada profundidade para cada dente e, posteriormente, as médias de cada profundidade para cada grupo avaliado. O teste estatístico empregado foi o de Mann-Whitney (α=5%).
RESULTADO:
As médias de microdureza foram 253,5 ± 55,3 (A), 247,6 ± 45,7 (B), 284,4 ± 68,7 (C) e 252,2 ± 53,8 (D). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos A e B e os grupos C e D, para cada profundidade e para a média global (p>0,05).
CONCLUSÃO:
Pôde-se concluir que a microdureza de esmalte de dentes decíduos anteriores e posteriores de crianças com PC foi semelhante à microdureza de esmalte de dentes decíduos de crianças normorreativas.
Esmalte dentário; dente decíduo; testes de dureza; paralisia cerebral