Resumo
Introdução
O aumento da população encarcerada é um fenômeno que vem sistematicamente sofrendo incremento no mundo todo, levando a superlotação dos presídios, a qual tem consequência direta nas condições de saúde destes indivíduos.
Objetivo
Explorar a relação entre saúde bucal, trajetória de vida e percepção de sujeitos em contexto de vulnerabilidade.
Material e método
Trata-se de um estudo qualitativo desenvolvido junto a encarcerados de uma Penitenciária Estadual. Para obtenção e tratamento dos dados utilizou-se entrevista individual e técnica da Análise de Conteúdo Temática.
Resultado
Os entrevistados apresentaram uma percepção limitada do processo saúde e doença bucal, fomentada por experiências de familiares e de conhecimento adquirido na rua ou na mídia. A trajetória de vida em cárcere pareceu pouco influenciar neste entendimento. No entanto, a vivência no cárcere influenciou na condição bucal dos encarcerados através da facilitação do acesso ao serviço odontológico e a materiais de higiene bucal e melhoria em seus conhecimentos e hábitos de saúde. As referências de saúde bucal expostas mostraram-se, em geral, consonantes com o chamado senso comum e com estudos desenvolvidos em populações socialmente similares.
Conclusão
Desta forma, considerando-se as limitações impostas pela forma da coleta dados, sob um contexto de cárcere e vulnerabilidade, sugere-se uma influência não prejudicial da condição estudada sobre a saúde bucal dos encarcerados.
Descritores:
Vulnerabilidade social; saúde bucal; estilo de vida