Resumo
Introdução
Indivíduos com pré-diabetes apresentam níveis glicêmicos alterados, geralmente são assintomáticos e apresentam risco aumentado para desenvolver diabetes mellitus tipo 2.
Objetivo
Identificar a prevalência de indivíduos periodontais com hiperglicemia não diagnosticada e os fatores de impacto associados.
Material e método
Cinquenta e seis pacientes com periodontite e sem autorrelato de diabetes, usuários de serviços de clínica odontológica da Universidade Federal de Juiz de Fora foram incluídos nesta pesquisa, durante um ano e meio de avaliação experimental. Foram avaliados dados socioeconômicos e demográficos, padrões antropométricos, glicemia capilar de jejum e exame periodontal completo (seis sítios por dente).
Resultado
A amostra foi composta por 58,9% do sexo feminino, média de idade de 53 anos, 58,9% obesidade / sobrepeso e 45,3% com baixa escolaridade. Um total de 28,6% (n=16) participantes tinham hiperglicemia não diagnosticada (entre 100 a 160 mm / dL), dos quais 81,3% eram obesos / com sobrepeso, 25% eram fumantes, 56,3% relataram ter histórico de diabetes na família, 93,8% tinham renda familiar de até 2 salários mínimos brasileiros. Os valores de IMC foram maiores no grupo de pacientes com hiperglicemia (29,8 ± 5,7, p = 0,03) em comparação ao grupo sem hiperglicemia (26,6 ± 5,6). Pacientes com hiperglicemia apresentaram maior número de sítios com perda clínica de inserção (CAL) entre 4 e 6 mm (p = 0,04) quando comparados ao grupo normoglicêmico.
Conclusão
A perda de inserção de CAL não diagnosticada entre 4 e 6 mm devido à periodontite do que indivíduos normoglicêmicos.
Descritores:
Hiperglicemia; estado pré-diabético; diabetes mellitus; periodontite; fatores de risco