Resumo
Introdução
Durante o reparo de enxertos ósseos, diferentes taxas de reabsorção são mediadas pelos osteoclastos e podem ser afetadas pelos bisfosfonatos, que são drogas que agem como inibidores da reabsorção óssea.
Objetivo
Avaliar a taxa de reabsorção dos enxertos ósseos de calota craniana de coelhos, com e sem o uso alendronato de sódio.
Material e método
Trinta e dois coelhos Nova Zelândia foram divididos igualmente em 2 grupos (grupo controle e grupo alendronato de sódio) e subdivididos em 4 períodos (7, 14, 30 e 60 dias). O grupo controle não recebeu alendronato, enquanto os animais do grupo experimental receberam 4 mg de alendronato de sódio por semana, em dose única, após a cirurgia. Um bloco de osso de diâmetro de 8 mm foi retirado o osso parietal e fixado com parafuso no osso parietal contralateral. Após cirurgia, nos períodos de 7, 14, 30 e 60 dias, os animais foram eutanasiados e as peças removidas para análise. Análises morfológica e histomorfométrica foram utilizados para comparar a espessura do enxerto e para avaliar a interface de osso recém formado entre o enxerto ósseo e o sítio receptor. Os testes de Wilcoxon e Mann-Whitney foram utilizados para as análises estatísticas.
Resultado
Todos os enxertos repararam e integraram sem intercorrências; não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas nas taxas de reabsorção ou deposição óssea, após a incorporação final do enxerto em ambos os grupos.
Conclusão
Alendronato de sódio parece não diminuir a taxa de reabsorção, porém houve uma tendência de resultados melhores no grupo controle tanto na reabsorção quanto na neoformação óssea em enxertos ósseos autógenos de calota craniana de coelhos.
Descritores:
Transplante ósseo; alendronato de sódio; reabsorção óssea