Resumo
Introdução
A mordida aberta pode gerar relevante impacto psicossocial no cotidiano do paciente, tanto do ponto de vista estético quanto funcional.
Objetivo
Estimar a prevalência e os fatores associados à mordida aberta anterior em crianças do primeiro ano escolar de um município do sul do Brasil.
Material e método
Estudo transversal constituído por escolares de seis anos de idade de Palhoça/SC. Foram realizadas entrevistas com as mães para obtenção de informações socioeconômicas e de hábitos de sucção não nutritivos. Exames clínicos bucais das crianças foram realizados nas escolas. Análises multivariadas foram realizadas por meio de regressão de Poisson com estimador robusto.
Resultado
O estudo envolveu 655 crianças sendo 50,5% do sexo feminino. A prevalência de mordida aberta anterior foi de 14,1% (IC 95% 11,5; 16,7). Meninas apresentaram prevalência menor [RP= 0,96 (IC 95% 0,94; 0,99) p= 0,024] e aqueles que utilizaram chupeta apresentaram uma maior prevalência [RP= 1,04 (IC 95% 1,01; 1,07) p= 0,003].
Conclusão
A prevalência foi de 14,1% associada de forma estatisticamente significativa e independente com sexo e utilização de chupeta.
Descritores:
Oclusopatias; mordida aberta; crianças