Resumo
Introdução A demanda por tratamentos estéticos tem crescido nos últimos anos, sendo cada vez mais forte a preocupação com a estética por parte dos pacientes que buscam o tratamento ortodôntico.
Objetivo Este estudo avaliou a resistência à fratura de bráquetes cerâmicos monocristalinos e policristalinos de diferentes fabricantes quando submetidos ao torque do fio.
Material e método Sessenta bráquetes cerâmicos (Roth, incisivos centrais superiores direito, canaleta 0,022 x 0,028 polegadas) foram divididos em 2 grupos (30 espécimes por grupo) de acordo com o tipo da cerâmica: monocristalina e policristalina. Posteriomente estes grupos foram divididos em 3 sub-grupos (n=10) de acordo com o fabricante: Orthometric, Eurodonto e Ortho Technology. Segmentos de fio de aço inoxidável retangular (0,019 x 0,025 polegadas) foram dobrados em forma de “U”, sendo que a base do “U” foi inserida na canaleta do bráquete e fixado com fio de amarilho em aço inoxidável (0,008mm). Nas extremidades do “U” foram realizadas dobras verticais para servir de apoio para o cinzel da máquina de ensaio universal Instron. O ensaio de resistência à fratura foi realizado à velocidade de 1,0 mm/min até ocorrer a fratura. Os dados foram registrados, transformados em g.mm e submetidos à ANOVA dois fatores e ao teste de Tukey (SAS Institute Inc., Cary, NC, USA, version 9.3) (α=5%).
Resultado Os bráquetes monocristalinos apresentaram maior resistência à fratura em relação aos policristalinos, independente do fabricante (p<0,05). Os maiores valores de resistência à fratura foram obtidos com os bráquetes da Ortho Technology e Orthometric, os quais não diferiram estatisticamente entre si (p>0,05).
Conclusão Bráquetes monocristalinos possuem maior resistência à fratura em relação aos policristalinos com diferenças na resistência à fratura entre os diferentes fabricantes.
Descritores: Bráquetes cerâmicos; resistência à fratura; torção; torque