Resumo
Introdução
A relação da oclusão dentária com a Disfunção Temporomandibular (DTM) ainda gera divergências. Muitos profissionais erroneamente baseiam o diagnóstico e a terapia estritamente no fator oclusal, apesar das evidências científicas atuais não mostrarem tal relação.
Objetivo
Avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas (CDs) de João Pessoa-PB, acerca da relação entre fatores oclusais e DTM.
Material e método
Uma amostra de 100 CDs que não possuem especialização em DTM e Dor Orofacial (Grupo GN), além de sete CDs com essa especialidade (Grupo GE) preencheram questionário abordando assuntos relativos ao conhecimento da DTM e sua relação com fatores oclusais. O questionário continha também informações para caracterização da amostra como idade, gênero e tempo de formado. O grau de consenso da literatura atual para cada sentença foi estabelecido como "padrão-ouro" de resposta, o qual foi comparado com as respostas dos especialistas e não especialistas. Os dados foram tabulados no programa SPSS e analisados de forma descritiva (através de porcentagens) e, estatística, por meio dos testes Qui-quadrado e Exato de Fisher (p<0,05).
Resultado
Observou-se grande divergência no conhecimento dos cirurgiões-dentistas sem especialidade em DTM e Dor Orofacial com os profissionais dessa especialidade.
Conclusão
Houve baixa concordância entre os especialistas e não especialistas. A relação entre oclusão dentária e disfunção temporomandibular ainda permanece obscura para a grande maioria dos profissionais entrevistados, o que pode vir a se refletir em condutas de diagnóstico e tratamento oclusal inadequadas para o manejo das DTM.
Descritores:
Oclusão dentária; síndrome da disfunção da articulação temporomandibular; conhecimento