Introdução:
A própolis é uma substância resinosa e complexa; produzida pelas abelhas, destaca-se por suas propriedades terapêuticas, como atividade antimicrobiana, anti-inflamatória e cicatrizante. Poucos trabalhos existem sobre a variedade de própolis vermelha, encontrada no Estado de Sergipe.
Objetivo:
Avaliar a ação antimicrobiana do extrato de própolis vermelha, coletada na região nordeste do Estado de Sergipe, contra cepas de Enterococcus faecalis.
Material e método:
As amostras de própolis vermelha foram coletadas em Brejo Grande-SE, Brasil, e identificadas segundo suas características sensoriais, a granulometria e requisitos físico-químicos. O teor de flavonoides no extrato seco foi determinado. Soluções de própolis vermelha (EEP) foram preparadas nas concentrações de 1%; 2,5%; 5% e 7,5%. A cepa bacteriana de referência utilizada foi Enterococcus faecalis – ATCC 29212. A atividade antibacteriana foi verificada por meio de testes in vitro (teste de difusão em disco e determinação da concentração bactericida mínima – CBM) e ex vivo(utilizando dentes humanos extraídos). No teste ex vivo, os dentes contaminados foram divididos em três grupos com dez dentes cada. O grupo 1 foi tratado com própolis a 7,5% (concentração determinada no teste CBM); o grupo 2 foi tratado como controle positivo, com solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, e o grupo 3 foi utilizado como controle negativo, sendo tratado apenas com solução salina NaCl 0,9%.
Resultado:
O extrato de própolis promoveu halo de inibição comparado ao da solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, variando entre 12 e 16 mm. Não houve crescimento bacteriano após irrigação do conduto radicular com a solução de EEP a 7,5%.
Conclusão:
A própolis coletada apresentou médio teor de flavonoides (1,8%) e características físico-químicas coerentes com as exigidas pelo Ministério da Agricultura. Na concentração de 7,5% de própolis vermelha, foi observado um maior potencial antibacteriano quando comparado aos demais grupos.
Própolis; baetérias; Enterococcus faecalis