Resumo
Introdução
Se a restauração temporária, que sela o canal radicular contra o meio bucal, falhar ou solubilizar, a medicação intracanal pode ser parcialmente removida, diminuindo a eficiência do hidróxido de cálcio (CH).
Objetivo
Avaliar o potencial alcalinizante e a liberação de íons cálcio de resíduos de diferentes medicações intracanal, em diferentes períodos.
Material e método
Incisivos humanos foram endodonticamente instrumentados e divididos aleatoriamente (n=10). Os canais radiculares foram preenchidos com: G1⎯Hidróxido de cálcio (CH); G2⎯CH com 0.4% de digluconato de clorexidina (CHC); G3⎯CH com paramonoclorofenol camforado e glicerina (HPG); G4⎯CH mantido durante todo experimento, como controle positivo (PC) e G5⎯Sem medicação intracanal, como controle negativo (NC). Os espécimes foram imersos em água destilada durante 7 dias. A medicação intracanal foi removida dos grupos experimentais com um instrumento F1 (Protaper). Os dentes foram armazenados em água destilada por 24 horas, 7, 14 e 28 dias. Os dados foram submetidos aos testes ANOVA one-way e Tukey.
Resultado
Todos os grupos experimentais tiveram redução no potencial alcalinizante e na liberação dos íons cálcio, quando comparados ao controle positivo (p<0.05). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos experimentais, independente do período (p>0.05).
Conclusão
O potencial alcalinizante e a liberação de íons cálcio dos resíduos de diferentes medicações intracanal, em diferentes períodos, foram similares entre si e menores que o controle positivo, onde a medicação foi mantida dentro do canal radicular, encorajando a sua troca quando a restauração falhar.
Descritores:
Curativos biológicos; hidróxido de cálcio; clorexidina; endodontia