Resumo
Introdução
Não há consenso sobre os efeitos imediatos e tardios da protração maxilar em pacientes com fissura lábio palatal.
Objetivo
avaliar a estabilidade do tratamento precoce da Classe III em pacientes com fissura labiopalatina por meio da expansão e protração maxilar.
Material e método
A amostra consistiu de 28 pacientes com fissura lábio palatal com (média de idade pré tratamento de 6.7±1.8) com fissura lábio palatal transforame unilateral, tratados com disjuntor maxilar e com máscara facial de Petit. Por meio de análise em telerradiografias laterais as grandezas angulares (SNA, SNB, ANB, SN.GoGn, FMA, Ângulo Z) e lineares (overjet, Co-A, Co-Gn, Nperp-A, Nperp-Pg, AO-BO) foram avaliadas, com o software Dolphin®, nos tempos: inicial (T0), após o tratamento (T1) e acompanhamento de 2 a 6 anos (T2). Os dados foram submetidos à ANOVA e teste Tukey-Kramer. A correlação entre as grandezas cefalométricas e a idade do paciente foi determinada pelo teste de Pearson. Todas as análises foram realizadas com nível de significância de 5%.
Resultado
SNA, ANB e AO-BO aumentaram significativamente (p<0,05) e após o período de acompanhamento voltaram a ser semelhantes às iniciais (p>0,05). O overjet aumentou significativamente após o tratamento e mesmo tendo diminuído com o tempo, ainda se apresentava maior quando comparado ao momento inicial (p<0,05). O ângulo Z apresentou melhora com o tratamento e se manteve estável no período de acompanhamento (p<0,05).
Conclusão
após o tratamento (disjunção associada à protração maxilar) houve melhora do padrão esquelético. No período de acompanhamento, verificou-se que essas melhoras voltaram a medidas próximas das iniciais. Houve melhora no padrão dentário e no perfil facial que se manteve no período de controle.
Descritores:
Fissura lábio palatal; acompanhamento a longo prazo; protração maxilar