A realização deste trabalho teve por objetivo comparar as alterações dentoesqueléticas da má-oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle sem tratamento com as tratadas por dois tipos de aparelhos ortodônticos. As radiografias cefalométricas em norma lateral iniciais e finais de um grupo controle e de dois experimentais, um tratado com o aparelho removível conjugado à ancoragem extrabucal cervical e outro com a terapia ortodôntica fixa sem extrações e ancoragem extrabucal cervical, foram traçadas e submetidas ao teste estatístico. A análise dos resultados revelou que há pouca alteração do padrão de crescimento e que a altura facial ântero-inferior aumentou em todos os grupos. Não houve melhora significante da relação maxilomandibular no grupo controle, enquanto que, nos grupos tratados, a maxila foi retraída, com diminuição significante do ângulo ANB. As alterações dentoalveolares demonstraram que o aparelho utilizado no grupo 2 foi eficiente no controle vertical do crescimento da maxila e na extrusão dos dentes superiores posteriores e anteriores. Estes, em ambos os grupos tratados, foram movimentados para distal e palatino, respectivamente, levando à uma relação molar normal e à redução do trespasse horizontal aumentado. No grupo controle, no entanto, os dentes superiores e inferiores desenvolveram-se em uma direção ântero-inferior, mantendo as características da má-oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle.
Ortodontia; Aparelhos ortodônticos; Maloclusão de Angle Classe II