Inúmeros métodos de classificação de arcos parcialmente edentados têm sido propostos e vêm sendo utilizados até a presente data. A análise da literatura revelou grande controvérsia entre os autores devido aos inúmeros parâmetros envolvidos na tentativa de se estabelecerem métodos classificatórios. Em relação às variações graduais entre suporte mucoso e dental e aspectos anatômicos e topográficos, a posição dos retentores diretos e indiretos ainda permanece muito confusa. Tentando compreender melhor esses problemas, realizamos uma análise de todos os aspectos relacionados com essas classificações, discutindo-as e comentando-as. Pudemos verificar que nenhuma das classificações da literatura, aplicadas isoladamente, é plenamente satisfatória na indicação e no planejamento do tratamento protético. O ensino das classificações dos arcos parcialmente edentados deve ser incentivado nas escolas de Odontologia por constituir um valioso meio auxiliar nas dificuldades iniciais do trabalho protético, facilitando o planejamento das Próteses Parciais Removíveis (PPRs). Em função dos aspectos analisados, ficou clara a necessidade de serem utilizadas simultaneamente, no mínimo, três classificações, uma topográfica, outra com bases mecânico-funcionais e uma terceira com as características do tipo de transmissão de esforços aos elementos dentais e ao rebordo residual. As sistematizações com parâmetros fisiopatológicos, embora importantes pelos seus conceitos e fundamentos, mostraram-se extremamente complexas, limitando sua total utilização. Assim, considerações metodológicas envolvendo os sistemas de classificação são elementos importantes quanto a apresentação, discussão e planejamento de casos clínicos, bem como fundamentais na elaboração de pesquisas relacionadas à Prótese Parcial Removível.
Prótese parcial removível; Prótese parcial removível; Arcos parcialmente edentados