Contexto
O risco cerebrovascular é fundamental na etiologia da demência da doença de Alzheimer (DA), sendo importante seu controle adequado.
Objetivo
Investigar se o conhecimento dos cuidadores sobre o controle do risco cerebrovascular tem impacto sobre a saúde de pacientes com DA.
Métodos
Pacientes consecutivos com DA foram avaliados quanto a dados demográficos, Clinical Dementia Rating, risco cerebrovascular, tratamento farmacológico, dietoterapia e prática de atividades físicas. Pacientes e cuidadores foram questionados quanto à importância de medidas para controle do risco cerebrovascular. Chi-quadrado foi empregado na análise estatística, significância com ρ < 0,05.
Resultados
No total, 217 pacientes foram incluídos; enquanto 149 cuidadores (68,7%) conheciam a necessidade de controle do risco cerebrovascular, somente 11 pacientes (5,1%) simultaneamente praticavam exercícios e recebiam tratamento farmacológico e dietoterápico. Pacientes com hipertensão arterial e diabetes mellitus tinham maiores chances de receber dietotetapia (ρ = 0,007). Homens estavam mais engajados em atividades físicas (ρ = 0,018). Pacientes em estágios precoces da DA praticavam exercícios (ρ = 0,0003) e recebiam farmacoterapia mais frequentemente (ρ = 0,0072). O conhecimento dos cuidadores acerca do controle do risco cerebrovascular era maior quando os pacientes tinham hipertensão arterial (ρ = 0,024) e/ou dislipidemia (ρ = 0,006), e influenciou a adesão à dietoterapia (ρ = 0,002) e à farmacoterapia (ρ = 0,001).
Conclusão
O conhecimento dos cuidadores acerca do risco cerebrovascular tem impactos positivos para pacientes com DA.
Doença de Alzheimer; demência; transtornos cerebrovasculares; fatores de risco; cuidadores