CONTEXTO: A ansiedade experimental no ser humano constitui-se em ponte entre os modelos animais e os ensaios clínicos. OBJETIVO: Este artigo focaliza métodos químicos e psicológicos utilizados para provocar ansiedade experimental em seres humanos. MÉTODOS: Realizou-se revisão seletiva da literatura. RESULTADOS: Os desafios farmacológicos têm sido usados principalmente para induzir ataques de pânico em pacientes com transtorno de pânico, os quais são mais sensíveis a eles que indivíduos normais ou pacientes portadores de outros transtornos psiquiátricos. Uma das mais importantes contribuições deste método é a de ter mostrado que os agentes panicogênicos mais seletivos, como o lactato ou a inalação de CO2, não ativam o eixo hormonal do estresse. Entre os métodos psicológicos, destacam-se o condicionamento de respostas elétricas da condutância da pele, cujo perfil farmacológico se aproxima daquele do transtorno de ansiedade generalizada, e o teste da simulação do falar em público, cuja farmacologia é semelhante à do transtorno de pânico. CONCLUSÕES: Tais resultados salientam a diferença entre a neurobiologia da ansiedade e a do pânico.
Ansiedade antecipatória; pânico; agentes panicogênicos; resposta condicionada da condutância da pele; simulação do falar em público