CONTEXTO: A doença de Alzheimer (DA) é a demência de maior prevalência e está associada a alterações cognitivas, comportamentais e funcionais. Entretanto, faz-se necessário esclarecer a influência do agravamento da doença no declínio dessas funções. OBJETIVO: Comparar funções cognitivas específicas, funções motoras e atividades de vida diária (AVD) de pacientes com DA em diferentes estágios da doença. MÉTODOS: Foram avaliadas as funções cognitivas, as funções motoras e as AVD de 74 pacientes com doença de Alzheimer (35 pacientes CDR1; 20 pacientes CDR2; 19 pacientes CDR3). RESULTADOS: A função motora e a independência das AVD apresentam declínio não linear. Enquanto a função motora apresenta maior declínio na fase leve para moderada, as AVD básicas sofrem maior declínio na fase grave da doença. CONCLUSÃO: O declínio motor é mais importante nas fases moderada e grave, associado a valores de perda de capacidade física e risco de quedas. Verifica-se que a perda de independência para realização das AVD instrumentais dos pacientes é muito maior do que o declínio físico e cognitivo avaliado objetivamente nas três fases da doença.
Capacidade funcional; demência; mobilidade; cognição