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Síndromes disexecutivas do desenvolvimento e adquiridas na prática clínica: três relatos de caso

Síndromes disexecutivas podem ser observadas em diversas condições neuropsiquiátricas, como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), traumatismos cranioencefálicos (TCE) ou esquizofrenia, frequentemente se associando à ampla gama de comprometimento, incluindo ambientes familiar, acadêmico e profissional. O objetivo do presente estudo é apresentar três casos de disfunções executivas, nos quais, embora todos os pacientes tenham QI dentro dos limites da normalidade, existe significativo comprometimento social e ocupacional. O primeiro caso apresenta uma jovem que sofreu TCE, com queixas de dificuldades de memória para material novo, além de apatia e diminuição de iniciativa e persistência. O segundo caso versa sobre uma mulher que apresenta problemas desde a educação infantil, com histórico de tratamentos ineficazes e nenhum diagnóstico formal. Segundo relato de informante colateral, há déficits de planejamento, comportamentos antissociais, aversão a gratificações tardias e dificuldades de ativação. O último caso refere-se a indivíduo do sexo masculino, avaliado depois de grave TCE após acidente de carro. Há relato de mudança de comportamento com desinibição, diminuição da persistência e desatenção, relatadas como mais graves do que as apresentadas durante a infância, apesar de desempenho normal em testes de funções executivas. A avaliação de disfunções executivas (do desenvolvimento ou adquiridas) pode ser de extrema importância para servir como base de tratamento visando à diminuição de comprometimento nas atividades cotidianas.

Neuropsicologia; funções executivas; TCE; personalidade


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