CONTEXTO: A população idosa apresenta alta prevalência de hipovitaminose D, sendo provável que, exposta ao uso de anticonvulsivantes, ocorra agravamento dessa condição. OBJETIVO: Avaliar a interferência do uso crônico de fármacos anticonvulsivantes nos níveis séricos de vitamina D em idosos institucionalizados com idade acima de 65 anos. MÉTODOS: Foram estudados 18 idosos institucionalizados tratados com anticonvulsivantes, por no mínimo 12 meses, comparados a 16 idosos não tratados. RESULTADOS: O estudo demonstrou que os dois grupos cursaram com deficiência de vitamina D, sendo mais pronunciada no grupo tratado com anticonvulsivantes. Embora não houvesse diferença estatisticamente significativa nos valores de paratormônio, nos idosos tratados foi observada uma tendência de níveis mais elevados, 53,44 ± 28,92 pg/ml em comparação aos idosos não tratados, 38,5 ± 10,08 pg/ml (P = 0,42). Foi observada diferença estatisticamente significativa entre os níveis séricos de 25-hidroxivitamina D nas pacientes do sexo feminino tratadas de 9,22 ± 3,80 ng/ml versus não tratadas, 18,78 ± 7,62 ng/ml (P = 0,03). CONCLUSÃO: Nossos achados sugerem que idosos institucionalizados apresentam menores níveis séricos de 25-hidroxivitamina D, configurando um estado de deficiência, e diferença significativa foi detectada nas mulheres tratadas com fármacos anticonvulsivantes.
Vitamina D; anticonvulsivantes; idoso; epilepsia