RESUMO
Objetivo:
Descrever as etapas de um protocolo de decanulação e os resultados da aplicação desse protocolo em crianças hospitalizadas.
Métodos:
Trata-se de um estudo observacional retrospectivo. Os dados foram coletados de prontuários de pacientes decanulados acompanhados em um hospital pediátrico de Belo Horizonte, Minas Gerais, entre 2011 e 2021.
Resultados:
Foram analisadas 120 crianças com idade entre dois meses e 16 anos, com média de idade de quatro anos, 69% das quais eram do sexo masculino. Cerca de 75% dos pacientes apresentam traqueostomia por obstrução de vias aéreas superiores e 60% destes por estenose subglótica adquirida. No início do protocolo de decanulação, 5,5% dos pacientes apresentavam disfagia orofaríngea moderada, enquanto 80,4% apresentavam deglutição normal. A correção da pré-decanulação das vias aéreas superiores foi realizada em 39,5% dos pacientes, a dilatação em 63,8% e a correção endoscópica em 55,3%. Após a realização da decanulação, nenhum paciente apresentou complicações.
Conclusões:
O protocolo de decanulação descrito é seguro, pois a taxa de complicações como óbito e a necessidade de recanulação foi ausente.
Palavras-chave
Traqueostomia; Pediatria; Obstrução nasal; Desmame