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Prática de artes marciais e densidade mineral óssea em adolescentes de ambos os sexos

Resumo

Objetivo:

Analisar a relação entre a prática de artes marciais (judô, karatê e kung-fu) e a densidade mineral óssea em adolescentes.

Métodos:

O estudo foi composto por 138 adolescentes (48 praticantes de artes marciais e 90 não praticantes) de ambos os sexos, com média de 12,6 anos. A densidade mineral óssea foi medida com absortometria radiológica de dupla energia em braços, pernas, coluna, tronco, pelve e total. A carga de treinamento semanal e o tempo anterior de envolvimento na modalidade esportiva foram relatados pelo treinador. A correlação parcial testou a associação entre a carga semanal de treinamento e a densidade mineral óssea, controlada para sexo, idade cronológica, prática anterior e maturação somática. A análise de covariância foi usada para comparar os valores de densidade mineral óssea de acordo com os grupos controle e de artes marciais, controlados para sexo, idade cronológica, prática anterior e maturação somática. Associações significativas entre a densidade mineral óssea e a massa muscular foram inseridas em um modelo multivariado e as inclinações dos modelos foram comparadas com o teste t de Student (controle versus arte marcial).

Resultados:

Os adolescentes envolvidos na prática de judô apresentaram valores maiores de densidade mineral óssea do que os do grupo controle (p=0,042; tamanho de efeito médio [eta-quadrado=0,063]), enquanto a relação entre a quantidade de treinos semanais e a densidade mineral óssea foi significativa entre os adolescentes praticantes de judô (braços [r=0,308] e pernas [r=0,223]) e kung-fu (braços [r=0,248] e coluna [r=0,228]).

Conclusões:

Diferentes modalidades de artes marciais estão relacionadas com maior densidade mineral óssea em diferentes regiões do corpo em adolescentes.

Palavras-chave
Artes marciais; Densidade mineral óssea; Adolescentes

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