RESUMO
Objetivo:
Verificar se existem diferenças entre os indicadores de alimentação complementar de crianças de 6 a 23 meses segundo o estado de amamentação.
Métodos:
Estudo transversal realizado em 2012 com 1.355 crianças de 6 a 23 meses de idade com avaliação de cinco indicadores propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e modificados com base nas recomendações dos Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos, do Ministério da Saúde. Os indicadores utilizados foram: I. Introdução de alimentos sólidos, semissólidos ou pastosos; II. Diversidade mínima da dieta; III. Frequência mínima das refeições; IV. Dieta mínima aceitável; e V. Consumo de alimentos ricos em ferro. Para verificar diferenças entre os indicadores de alimentação complementar segundo o estado de amamentação foi empregada a estatística F, sendo significante p≤0,05.
Resultados:
Os indicadores I, II e V foram semelhantes entre as crianças amamentadas e não amamentadas, porém os indicadores III e IV apresentaram maior proporção de adequação para as não amamentadas: para o indicador III, 94,9% (intervalo de confiança de 95% - IC95% 93,2-96,2) versus 40,3% (IC95% 33,2-47,9), e para o indicador IV, 57,3% (IC95% 53,2-61,2) versus 23,1% (IC95% 17,4-30,1).
Conclusões:
As crianças não amamentadas apresentaram melhor situação de alimentação complementar, porém o indicador III leva em consideração o leite não materno como refeição para crianças não amamentadas, o que elevou o número de refeições lácteas e influenciou o indicador IV, calculado a partir dos indicadores II e III.
Palavras-chave:
Indicadores; Lactente; Aleitamento materno