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Otite média com efusão em crianças menores de um ano

Resumo

Objetivo:

Determinar prevalência de otite média com efusão em menores de um ano e sua associação com estação do ano, aleitamento artificial, fatores ambientais e perinatais.

Métodos:

Estudo retrospectivo com 184 prontuários incluídos de forma randomizada dentre 982 lactentes saudáveis avaliados para testes de triagem auditiva. Diagnóstico de otite média com efusão baseou-se em otoscopia (coloração âmbar-ouro, nível líquido, posição do cabo do martelo), curva timpanométrica tipo B e otoemissões acústicas ausentes. Excluíram-se prontuários incompletos ou que descreviam otite média aguda, infecções de vias aéreas superiores no dia da avaliação ou nos últimos três meses, neuropatias e anomalias craniofaciais. Dados como idade gestacional, peso ao nascimento, Apgar, tipo de aleitamento, frequência à creche foram comparados entre crianças com e sem otites com efusão por meio de testes de verossimilhança e análise multivariada.

Resultados:

25,3% dos 184 lactentes apresentavam otite média com efusão bilateral; 9,2% unilateral. Nos lactentes com otite média, observou-se idade cronológica 9,6±1,7 meses; idade gestacional >38 semanas em 43,4% e peso ao nascer >2.500g em 48,4%. Otite média com efusão foi associada ao inverno/outono, aleitamento artificial, Índice de Apgar <7 e atendimento à creche. Já a análise multivariada demonstrou que o aleitamento artificial é o fator mais associado à otite média com efusão.

Conclusões:

A otite média com efusão foi encontrada em cerca de 1/3 dos menores de um ano e principalmente associada ao aleitamento artificial.

Palavras-chave
Otite média com derrame; Lactente; Fatores de risco

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