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Prevalência e fatores associados a baixos níveis de aptidão aeróbia em adolescentes

Resumo

Objetivo:

Avaliar a prevalência de baixos níveis de aptidão aeróbia e analisar sua associação com fatores sociodemográficos, estilo de vida e excesso de adiposidade corporal em adolescentes de uma cidade do sul do Brasil.

Métodos:

Estudo com 879 adolescentes de 14 a 19 anos de São José, SC, Brasil. A aptidão aeróbia foi avaliada pelo teste canadense modificado de aptidão aeróbia. Variáveis sociodemográficas (cor da pele, idade, sexo, turno de estudo, nível econômico), maturação sexual e estilo de vida (hábitos alimentares, tempo de tela, nível de atividade física, consumo de álcool e de tabaco) foram avaliados por questionário autoadministrado. O excesso de adiposidade corporal foi avaliado pelo somatório das dobras cutâneas do tríceps e subescapular. Empregou-se a regressão logística para a estimativa de odds ratio e intervalos de confiança de 95%.

Resultados:

A prevalência de baixo nível de aptidão aeróbia foi de 87,5%. As garotas que gastavam duas horas ou mais em frente à tela, que consumiam menos de um copo de leite ao dia, as não fumantes e com excesso de adiposidade corporal apresentaram mais chances de ter baixos níveis de aptidão aeróbia. Os garotos de cor de pele branca e que eram pouco ativos fisicamente apresentaram mais chances de ter baixo nível de aptidão aeróbia.

Conclusões:

Oito em cada dez adolescentes estavam com baixos níveis de aptidão aeróbia. Fatores modificáveis do estilo de vida foram associados com baixos níveis de aptidão aeróbia. Intervenções que enfatizem a mudança de comportamento são necessárias.

Palavras-chave
Associação; Consumo de oxigênio; Estilo de vida; Exercício; Saúde do adolescente

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