RESUMO
Objetivo:
Analisar o gerenciamento de conflitos do tipo bullying pelos gestores de escolas de ensino fundamental.
Métodos:
Pesquisa descritiva e exploratória realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 17 orientadores de escolas escolhidas aleatoriamente de um município do Sul do Brasil, contemplando os diversos setores geográficos locais. As entrevistas foram gravadas mediante consentimento, e, após transcrição e conferência pelos sujeitos, descartadas. As entrevistas abordam: caracterização sociodemográfica dos sujeitos, funcionamento da escola e compreensão, reconhecimento e gerenciamento dos casos de bullying pelos orientadores. A análise dos dados foi feita com base na rede bayesiana associada à análise de conteúdo.
Resultados:
A maioria dos sujeitos era do sexo feminino e tinha entre 30 e 50 anos. Quinze sujeitos eram formados em pedagogia, e todos possuíam pós-graduação. A maioria atuava na função de orientador havia menos de três anos. A compreensão do termo bullying deu-se apenas por dois sujeitos, com idade entre 30 e 50 anos. Já o reconhecimento dos casos foi menor nessa faixa etária. Ter feito pós-graduação influenciou positivamente o reconhecimento de bullying. Quanto maior o número de alunos na escola, menor o reconhecimento dos casos pelos gestores. Todos os sujeitos gerenciaram os casos abordando as crianças, famílias e equipe e envolvendo profissionais e núcleos de apoio.
Conclusões:
A compreensão e o reconhecimento do bullying deram-se por poucos entrevistados. Todos os gestores relataram ações de gerenciamento semelhantes diante dos casos. Tendo em vista a escassez de estudos sobre gestão de bullying na escola, mais estudos nessa área poderiam melhorar a abordagem dos casos, contribuindo para sua redução.
Palavras-chave:
Bullying; Escola; Violência; Criança