RESUMO
Objetivo
Avaliar a prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados e fatores associados em crianças matriculadas na rede pública do município de Barbacena, Minas Gerais, Brasil.
Métodos
Trata-se de um estudo transversal realizado com escolares de 7 a 9 anos de ambos os sexos, matriculados na rede pública estadual de ensino. O consumo alimentar foi avaliado utilizando o Questionário Alimentar do Dia Anterior e o nível de atividade física pelo Questionário de Atividade Física do Dia Anterior. Os alimentos listados foram classificados segundo a extensão e propósito do processamento industrial, conforme proposto pela classificação NOVA. Na análise estatística foram utilizados os testes χ2 de Pearson, Exato de Fisher, χ2 com correção de Yates e regressão de Poisson, estimando-se a razão de prevalência bruta e ajustada, com intervalos de confiança de 95%.
Resultados
A prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados foi de 69,6%. Após análises ajustadas, o consumo de alimentos ultraprocessados foi associado à omissão do café da manhã, lanche da tarde e ceia, baixo nível de atividade física e ao consumo de alimentos de risco. Por outro lado, o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados foi associado à maior idade, consumo de almoço, lanche da tarde, jantar e alimentos protetivos.
Conclusões
Verificamos uma alta prevalência no consumo de alimentos ultraprocessados, associada a hábitos alimentares não saudáveis, em crianças escolares. Isso destaca a necessidade de ações de educação alimentar e nutricional, favorecendo o consumo alimentar saudável na infância.
Palavras-chaves:
Criança; Pesquisa alimentar; Comportamento alimentar; Ingestão alimentar; Alimentos industrializados