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Cobertura e abandono vacinal em menores de dois anos no Brasil: um estudo de séries temporais

RESUMO

Objetivo:

Analisar a tendência das taxas de cobertura e abandono vacinal em menores de dois anos no Brasil, no período de 2015 a 2021.

Métodos:

Estudo ecológico de séries temporais. As variáveis dependentes da pesquisa foram a cobertura vacinal e a taxa de abandono, avaliadas por região brasileira. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações em julho de 2022. Para a análise de tendência, empregou-se a técnica de Prais-Winsten com o auxílio do software STATA 16.0.

Resultados:

Identificou-se que a média de cobertura vacinal no Brasil foi de 76,96%, com tendência decrescente no período (variação percentual anual=-5,12; intervalo de confiança de 95% — IC95% -7,81; -2,34). Em 2015 a taxa foi de 88,85%, caindo para 62,35% em 2021. A taxa geral de abandono, por sua vez, foi de 24,00% em 2015 para 9,01% em 2021, sendo a taxa média de 10,48% e a tendência estacionária (variação percentual anual=-9,54; IC95% -22,92; 6,12). Em 2021, todas as vacinas tiveram cobertura abaixo de 74,00% no país.

Conclusões:

A tendência da taxa de cobertura vacinal de crianças menores de dois anos mostrou-se estacionária ou decrescente para todos os imunobiológicos em todas as regiões brasileiras, com exceção da febre amarela nas Regiões Sul e Sudeste. Houve aumento da tendência da taxa de abandono da vacina Meningo C no país e, especificamente em relação às regiões, para BCG no norte, nordeste e centro-oeste e Meningo C no norte e nordeste.

Palavras-chave:
Estudos epidemiológicos; Brasil; Infantil; Programas de imunização; Cobertura vacinal

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