RESUMO
Objetivo:
Verificar o intervalo de tempo para a responsividade das escalas Segmental Assessment of Trunk Control (SATCo-BR), Performance of Upper Limb (PUL) e o Teste de Função Manual de Jebsen Taylor (TJT) em pacientes com distrofia muscular de Duchenne (DMD).
Métodos:
Foram avaliados pacientes com DMD nas idades entre 6 e 19 anos, e com escore do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) a partir de 10 pontos. As avaliações foram realizadas individualmente, em uma única sessão: a função de membro superior (MS) ocorreu pela PUL e TJT; e da do controle de tronco, pela SATCo-BR. As avaliações foram repetidas após seis e 12 meses da avaliação inicial. Foi empregado o modelo de análise de variância com medidas repetidas e o método de comparações múltiplas de Bonferroni, como análise post hoc; quando os pressupostos da ANOVA não foram atendidos, foi aplicado o teste de Friedman.
Resultados:
A amostra foi composta por 28 pacientes avaliados em três momentos (inicial, após seis meses e após 12 meses). Houve efeito do tempo no desempenho da função Membro Superior no TJT total e nos subtestes, exceto nos subtestes 1 e 6, que não apresentaram diferença nas avaliações entre os diferentes momentos. Houve efeito do tempo para o escore da PUL total, PUL proximal, PUL intermediário e PUL distal. No SATCo-BR, esse efeito foi entre o inicial e após seis meses, e entre o inicial e após 12 meses.
Conclusões:
As escalas TJT, PUL e SATCo-BR são capazes de detectar alterações ao longo do tempo, e apresentam responsividade para detectar a evolução da doença em intervalo de 6 meses.
Palavras-chave:
Distrofia muscular de Duchenne; Evolução clínica; Extremidade superior; Equilíbrio postural; Postura