RESUMO
Objetivo: Dada a alta atividade proliferativa da matriz germinativa e sua correlação direta com a hipoxemia, é necessário investigar as possíveis vias de regulação molecular para entender a relação clínica existente entre o insulto hipóxico-isquêmico e os biomarcadores NF-kB, AKT -3, Parkina, TRK-C e VEGFR-1.
Métodos: Cento e dezoito amostras de matriz germinativa do sistema nervoso central de pacientes que faleceram nos primeiros 28 dias de vida foram submetidas a análise histológica e imuno-histoquímica para identificar a imunoexpressão tecidual desses biomarcadores relacionados a eventos de asfixia, prematuridade e óbito em 24 horas.
Resultados: Observou-se uma imunoexpressão tecidual significativamente aumentada de NF-kB, AKT-3 e Parkin na matriz germinativa de prematuros. Além disso, constatou-se uma imunoexpressão tecidual significativamente diminuída de VEGFR-1 e de NF-kB em pacientes que apresentaram asfixia seguida de morte em 24 horas.
Conclusões: Os resultados sugerem o envolvimento direto entre o insulto hipóxico-isquêmico e os marcadores NF-kB e VEGFR-1, visto que se observou uma imunoexpressão diminuída destes biomarcadores nos pacientes asfixiados. Além disso, sugere-se que não houve tempo suficiente para que o VEGFR-1 fosse transcrito, traduzido e expresso na superfície da membrana plasmática. Essa temporalidade pode ser observada na relação entre a expressão de NF-kB e o tempo de vida dos indivíduos que morreram em 24 horas, o que sugere que esse fator é essencial para a produção do VEGFR-1 e, portanto, para realizar o efeito remodelador necessário para neovascularizar a região afetada.
Palavras-chaves: Matriz germinativa; NF-kB; VEGFR-1; Prematuridade; Lesão hipóxico-isquêmica