Objetivo:
Verificar a prevalência da síndrome metabólica e da resistência à insulina em adolescentes obesos e sua relação com diferentes indicadores de composição corporal.
Métodos:
Estudo transversal com 79 adolescentes de dez a 18 anos. Os indicadores de composição corporal foram: índice de massa corpórea (IMC), porcentagem de gordura corporal, circunferência abdominal e gordura subcutânea. A síndrome metabólica foi diagnosticada segundo os critérios de Cook et al. A resistência à insulina foi determinada pelo índice de Homeostasis Model Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR) para valores acima de 3,16. Utilizou-se a análise de curvas ROC para avaliar o IMC e a circunferência abdominal, identificando-se os indivíduos com resistência à insulina e síndrome metabólica. O ponto de corte correspondeu ao percentual acima do valor de referência para o diagnóstico de obesidade.
Resultados:
A síndrome metabólica foi diagnosticada em 45,5% dos pacientes e a resistência à insulina, em 29,1%. A resistência à insulina apresentou associação com o HDL-colesterol (p=0,032) e com a síndrome metabólica (p=0,006). Todos os indicadores de composição corporal avaliados apresentaram correlação com a resistência à insulina (p<0,01). Na avaliação dos pontos de corte, os valores de 23,5 e 36,3% acima do valor de referência do IMC permitiram identificar a resistência à insulina e a síndrome metabólica. O melhor ponto de corte da circunferência abdominal para identificar a resistência à insulina foi de 40%.
Conclusões:
Todos os indicadores de composição corporal, o HDL-colesterol e a síndrome metabólica apresentaram correlação com a resistência à insulina. O IMC mostrou-se o indicador antropométrico mais eficaz para identificar a resistência à insulina.
síndrome x metabólica; resistência à insulina; obesidade; adolescente; composição corporal; antropometria