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DESEMPENHO FUNCIONAL NO TESTE MODIFICADO DE SHUTTLE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FIBROSE CÍSTICA

RESUMO

Objetivo:

Avaliar os fatores que estão associados ao desempenho de crianças e adolescentes com fibrose cística (FC) no teste modificado de Shuttle (MST) e compará-los com os de crianças e adolescentes saudáveis.

Métodos:

Estudo de corte transversal com crianças e adolescentes divididos em dois grupos: grupo controle (GC) e grupo FC (GFC). As variáveis avaliadas no MST foram: distância caminhada, nível do teste, variação da frequência cardíaca (∆Fc), pressão arterial média pós-teste (PAMPt) e variação da saturação periférica de oxigênio (∆SpO2). Na análise dos dados, foram utilizados o Teste Mann-Whitney e o coeficiente de Spearman, sendo significante p<0,05.

Resultados:

Avaliaram-se 60 indivíduos (6-16 anos). Os grupos foram homogêneos em relação aos dados antropométricos. Foi observada diferença significante na frequência cardíaca basal (FcB), na frequência cardíaca de pico (FcP), na ∆Fc, na frequência cardíaca de recuperação (FcR), na frequência respiratória pós-teste (FRPt), na saturação periférica de oxigênio basal (SpO2B) e no nível do teste. A ∆Fc e a PAMPt tiveram correlação moderada positiva (respectivamente, r=0,6 / p<0,001; r=0,6 / p<0,001) com a distância caminhada e o nível do teste em ambos os grupos. No GFC o nível do teste teve associação (r=0,4 / p=0,02) com a porcentagem do predito do volume expiratório forçado do primeiro segundo (%VEF1).

Conclusões:

Crianças e adolescentes com FC apresentaram limitação funcional no teste modificado de Shuttle, influenciada pela função pulmonar.

Palavras-chave:
Teste de esforço; Fibrose cística; Aptidão cardiorrespiratória; Fenômenos fisiológicos respiratórios

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