RESUMO
Objetivo:
Analisar os efeitos do isolamento social para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, considerando consequências em médio e longo prazos, e entender possíveis impactos sobre a saúde mental e física.
Fontes de dados:
Revisão sistemática da literatura seguindo os parâmetros da lista Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA) nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed. Os descritores utilizados foram “social isolation” AND “child development”, “quarantine” AND “child development”, “social isolation” AND “adolescent development”, “quarantine” AND “adolescent development” de acordo com o Medical Subject Headings (MeSH) e seus equivalentes para a língua portuguesa, conforme os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Incluíram-se artigos originais em inglês, português e espanhol, sem delimitação temporal.
Síntese dos dados:
Identificaram-se 519 referências, e, após critérios de inclusão e exclusão, 12 artigos foram analisados. Cinco abordaram a questão psicossocial (sendo dois sobre os efeitos das pandemias), quatro sobre os impactos na saúde em geral, dois sobre consequências no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e um sobre o desenvolvimento cognitivo e social.
Conclusões:
Os artigos revisados evidenciaram forte relação entre isolamento social e maior incidência de sentimentos como ansiedade e depressão na população de crianças e adolescentes. Além disso, identificaram-se aumento nos níveis de cortisol e piora no desenvolvimento cognitivo dessa faixa etária. Logo, o acompanhamento da saúde mental e física desses jovens por profissionais da saúde deve estar presente durante e após a pandemia.
Palavras-chave:
Isolamento social; Quarentena; Desenvolvimento infantil; Desenvolvimento do adolescente; COVID-19