RESUMO
Objetivo:
Analisar o impacto do isolamento social em decorrência da pandemia associada ao coronavírus 2019 (COVID-19), em crianças e adolescentes de zero a 17 anos da Região Sul do Brasil.
Métodos:
Trata-se de um estudo de corte transversal em que foram obtidos 542 questionários, respondidos por pais ou responsáveis legais de crianças e adolescentes de zero a 17 anos residentes da Região Sul brasileira, por meio do Google Forms®. Questionários respondidos de maneira incompleta ou de crianças fora da faixa etária estipulada e de outras regiões do país foram excluídos da pesquisa. Os dados colhidos foram organizados em tabelas descritivas e de associação contendo frequências absolutas, relativas, médias, medianas, desvios padrão, desvios quartílicos, estimativas de média e de proporção em forma de intervalos com 95% de confiança e resultado do teste do qui-quadrado de independência. A análise dos dados foi realizada com o auxílio dos aplicativos Microsoft Excel 2016 e Epi Info versão 7.2.1.0, de 27 de janeiro de 2017. Foram consideradas associações estatisticamente significativas quando p<0,05.
Resultados:
Houve aumento da percepção de nervosismo (62,7%), ansiedade (67,7%) e tristeza (51,3%) em crianças e adolescentes no período da pandemia. O estudo evidenciou alta prevalência de uso excessivo de telas (48,2%) e de sedentarismo (39,1%) nessa faixa etária durante o período. Ademais, a ocorrência de comportamentos regressivos ocorreu de maneira mais frequente nas faixas etárias de 3–6 anos (57,1%) e de 7–10 anos (44,6%).
Conclusões:
Infere-se deste estudo que uma das implicações do período da pandemia é o aumento do estresse tóxico na população pediátrica.
Palavras-chave:
COVID-19; Pandemia; Estresse tóxico; Crianças; Adolescentes