As dificuldades psicopatológicas de distinção entre pensamento delirante e pensamento obsessivo impõem reflexões. Na clínica, é comum a sobreposição de sintomas, o que promove dificuldades na distinção de categorias tão diversas. Discutem-se dois casos em que ambos os diagnósticos, pelos critérios do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, são possíveis. Aplicam-se as escalas PANSS (Positive and Negative Syndrome Scale) e Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale, que não esclarecem as diferenças. Na busca de uma melhor formulação diagnóstica, é proposto um diálogo com as idéias de Carol Sonenreich em contraponto com as classificações dos códigos, manuais e literatura contemporânea.
Comportamento obsessivo; delírio; psicopatologia; diagnóstico diferencial