Resumo: A literatura acadêmica sobre a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) tem privilegiado o seu lado expansionista religioso e de conquista de poder político. Porém, um olhar mais acurado pode perceber outra maneira, pela qual a igreja constrói sua imagem pública, a de minoria perseguida. A partir de uma discussão conceitual sobre a noção de minoria aplicada ao caso brasileiro, procuro desenvolver indicadores, através dos quais se pode identificar uma lógica de minoria regendo, ao lado de sua vocação para o poder, a dinâmica de atuação pública e política da igreja. São estes os indicadores: seu pragmatismo político, sua postura de realizar alianças e de se mostrar respeitando às mediações políticas e sociais, dentro de um quadro de pluralismo religioso no país.
Palavras-chave:
poder; política; minoria; pragmatismo; alianças