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“... Ou Como Ter Ontological Blues”: notas sobre a vida no tempo da morte durante os bastidores de um axexê

“... Or How To Get Ontological Blues”: notes about life at the time of the Death during the backstage of an axexê

Resumo

Este artigo remete a uma pesquisa mais ampla, acerca das agências de seres imateriais em uma casa de candomblé, na qual sou iniciado. O texto trata de uma crise vivenciada durante o rito funerário do axexê, quando fui “afetado” por intensidades provenientes do tempo dos mortos, e que, sob o aporte da “virada ontológica” na antropologia, me permitem ver o terreiro por influência de realidades distintas - a dos vivos e a dos falecidos -, e não pela pluralidade das visões do mundo. Sugiro, então, uma releitura da noção de anthropological blues, tanto para cobrir as afecções dos etnógrafos cujas análises extrapolam as premissas relativistas, mas também como possibilidade de se criar proposições teóricas em efetiva continuidade com as premissas nativas.

Palavras-chave:
Relativismo; Anthropological Blues; Virada Ontológica; Candomblé; Ritos Fúnebres

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