Resumo: Acompanhando o cotidiano de trabalho de agentes da Comissão Pastoral da Terra na Amazônia oriental, procuro descrever suas definições e experiências de mística e espiritualidade. Esses atores inscrevem singularidades importantes no conjunto dos cristianismos, pela forma como o religioso opera nesse mundo. Assim, a mística vivida pelos agentes de pastoral embaralha as fronteiras entre espírito e matéria. Ela está imbricada nas atividades correntes do mundo material, de serviço ao outro, na constituição de públicos e problemas públicos como reforma agrária e violência no campo, o que os leva a participar constantemente da produção do secular.
Palavras-chave: mística; espiritualidade; pastoral da terra; público; secular