O objetivo deste artigo é mostrar como pessoas auto-identificadas como fãs de Gilda, colaboram, por meio de diversas práticas, no processo de consagração da cantora falecida. Respeitando a diferenciação nativa entre fã e devoto, veremos como Gilda é inscrita em uma textura diferencial do mundo-habitado que denominaremos de sagrado, a partir de performances que nao poderiam facilmente se circunscrever à esfera da religião. Ao invés de serm consideradas uma metáfora religiosa, as práticas dos fãs configuram modos diferentes de consagrar Gilda.
religiosidade popular; sagrado; fanatismo; práticas de sacralização