Resumo:
Os evangélicos são bem conhecidos por seu recato e pudicícia. Mas, nem por isso, deixam de elaborar prescrições bem específicas sobre como o sexo pode ser vivenciado, contrariando a imagem que deles é feita pelo senso comum. É do conjunto de orientações envolvendo a hetero e a homossexualidade que trata este artigo. A análise traçada evidencia o modo como a religião se põe como recurso pedagógico de construção e reforma do corpo feminino, não apenas monitorando-o e controlando-o, mas produzindo um tipo específico de sexualidade. Os dados foram reunidos principalmente a partir de observação participante, realizada entre os anos 2011-2014, na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Foram acompanhados todos os eventos destinados a mulheres e organizados pela pastora Ana Paula Valadão.
Palavras-chave:
mulher evangélica; heterossexualidade; homossexualidade; sociologia da religião; sociologia do corpo.