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Existe um corpo secular?

Is there a secular body?

Resumo

Neste ensaio, pretendo seguir uma linha de investigação sobre o secularismo e o secular aberta – de modos diferentes – pelos trabalhos pioneiros de William Connolly e Talal Asad: a saber, em que medida o desenvolvimento do secularismo tem implicado historicamente – dentre suas várias dimensões – uma configuração ímpar do sensório humano. Para ambos os autores, o secularismo não deve ser abordado simplesmente por meio da doutrina da separação entre Igreja e Estado, tampouco através da sociologia da diferenciação social e do declínio da religião, mas, alternativamente, em termos do cultivo de distintas sensibilidades, afetos, e disposições encorporadas que embasam formas seculares de julgamento e prática. Em minha discussão, levanto duas questões. Quais respostas encontramos na obra desses dois autores para a questão: O que é um corpo secular? E o que tais respostas – ou recusas em responder – poderiam nos dizer sobre os contornos práticos e conceituais do secular e do secularismo?

Palavras-chave
secularismo; corpo; sensório; afeto

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