RESUMO
Este artigo analisa, desde a perspectiva da antropologia jurídica e da antropologia simbólica, os rituais jurídicos e sociais da política evangélica, a fim de deter o progresso na construção de um Estado laico. Uma perspectiva comparativa entre o México e o Brasil é proposta a partir das grandes conjunturas que em cada país desencadearam um pânico moral, associado aos perigos e ameaças que os grupos neoconservadores construíram em torno da "ideologia de gênero". Para o caso mexicano, o ponto de partida é a iniciativa do Presidente Enrique Peña Nieto de estabelecer constitucionalmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo e, para o caso brasileiro, a chegada de Michel Temer à presidência com suas respectivas alianças com a Frente Parlamentar Evangélica.
Palavras-chave:
secularismo; secularização; neoconservadorismo; "ideologia de gênero"; política evangélica.