Resumo: O estudo realizado junto ao grupo Jongo de Pinheiral, na antiga Fazenda Pinheiros, no Vale do Paraíba (RJ), revelou que seus integrantes mantêm uma relação afetiva entre si e têm um histórico de lutas sociais marcado por gestualidades ligadas à dança. Com base nesses dados, apresento, neste artigo, uma análise do ritual praticado por jongueiros e umbandistas dedicado a “passagem para o outro plano” dos espíritos que habitam a fazenda. Para isso, mobilizo os estudos da antropóloga Marlene Cunha no campo dos gestos e postura no candomblé Angola. A análise permite a compreensão dos gestos preliminares, liminares e pós-liminares do ritual.
Palavras-chave: jongo; Marlene Cunha; espíritos; gestualidades