Este trabalho teve como objetivo analisar a generalização estrutural (a itens não utilizados no tratamento, para outras posições na palavra, dentro de uma classe de sons e para outras classes de sons) em três diferentes modelos de abordagem contrastiva, considerando-se a gravidade do desvio fonológico. A amostra constituiu-se de nove sujeitos com desvio fonológico, com idades entre 4 anos e 2 meses e 6 anos e 6 meses. Todos foram avaliados, antes e após a terapia fonológica. Foram estabelecidos três grupos para o tratamento, todos constituídos por três sujeitos; em cada um havia um representante com desvio grave, moderado-grave e médio-moderado. Cada grupo foi tratado por um modelo diferente - Oposições Mínimas, Oposições Máximas/Empty Set e Oposições Múltiplas. A análise estatística dos resultados foi feita mediante comparação entre os modelos terapêuticos e a gravidade do desvio fonológico, utilizando-se os tipos de generalização. Verificou-se a ocorrência dos diferentes tipos de generalização em todos os grupos estudados, entretanto não houve diferença entre eles. Os três modelos de terapia aplicados favoreceram a ocorrência de generalização estrutural nas três diferentes gravidades do desvio, demonstrando que os modelos de abordagem contrastiva são eficazes no tratamento do desvio fonológico.
Fala; Distúrbios da fala; Generalização da resposta; Fonoterapia; Criança