O papel da transmissão sexual ou intrafamiliar da hepatite C é controverso. Foi feita análise filogenética, região não estrutural 5B do vírus da hepatite C (NS5B-HCV). Altas percentagens de homologia com média de 98,3% foi revelada entre os casais. Vinte (83,3%) de 24 homens, contra apenas duas (8,3%) mulheres reportaram doença sexualmente transmisível durante suas vidas. Os fatores de risco para aquisição da doença foram: transfusão de sangue para 10 casais, uso de drogas ilícitas injetáveis para 17, inalatórias para 15, acupuntura em 5 e tatuagens para 5. O compartilhamento de utensílios de higiene pessoal incluem: escova de dente para seis (25%) dos casais, lâmina de barbear para 16 (66,7%), cortador de unhas para 21 (87,5%) e alicate de manicure para 14 (58,3%). O alto grau de similaridade genômica entre os vírus da hepatite C suporta a hipótese de transmissão entre os casais. O uso compartilhado de utensílios de higiene pessoal sugere a possibilidade de transmissão intrafamiliar.
Intrafamiliar; Vírus da hepatite C; Transmissão sexual; Heterosexual; Filogenia