Esta investigação epidemiológica estuda o impacto das condições de saneamento ambiental e de práticas higiênicas sobre a ocorrência de diarréia entre crianças menores de 5 anos, residentes em uma área urbana. O delineamento caso-controle foi utilizado; 997 casos e 999 controles foram incluidos na investigação. Casos foram definidos como crianças com diarréia e controles foram selecionados, aleatoriamente, entre crianças com menos de 5 anos. Após ajustamento (regressão logística), as seguintes variáveis foram detectadas como significativamente associadas à diarréia: lavar e higienizar frutas e vegetais; presença de água de esgoto na rua; coleta, armazenagem e disposição do lixo; condições dos reservatórios domésticos de água; disposição das fezes de fraldas, presença de vetores nas casas e inundação do lote da casa. As estimativas pontuais do risco relativo alcançaram valores até 2,87. O presente estudo mostra a factibilidade de desenvolvimento e implementação de modelos adequados para estabelecer prioridades de intervenção no campo do saneamento ambiental.
Abastecimento de água; Diarréia; Lixo urbano; Modelo para estabelecer prioridades; Práticas higiênicas
