Durante os meses de julho e agôsto de 1968, foi realizado um inquérito na Ilha da Conceição, uma área de Niterói com aproximadamente mil casas. O inquérito foi conduzido por estudantes da Universidade Federal Fluminense e da Universidade de Maryland, e supervisionado pela Clínica de Doenças Infectuosas e Parasitárias da U.F.F. e pelo Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de Maryland, Baltimore, Maryland, U.S.A. O inquérito foi realizado em 25% de amostras casuais dos domicílios da ilha. As informações foram obtidas de um adulto responsável em cada domicilio para a execução de um questionário de saúde. Exame físico e estudos laboratoriais foram realizados em tôdas as crianças nesses domicílios. Muitos problemas de saneamento de ambiente foram assinalados na Ilha da Conceição. Em acréscimo, o inquérito indicou que aproximadamente a metade das crianças não tinha sido imunizada adequadamente contra a difteria, coqueluche e febre tifóide. Doenças transmissíveis que seriam evitáveis foram a principal causa de óbitos que ocorreram em crianças de uma mesma família. A saúde da população da Ilha da Conceição poderá ser melhorada mediante o desenvolvimento de um sistema de informação indicando o "status" de imunização de tôdas as crianças na área. Além disso, um programa de educação sanitária para os moradores seria muito benéfico para o melhoramento das condições sanitárias na Ilha, assim como cuidados adequados à maternidade e à infância